Austeridade e o orçamento.

Recebi 6 mensagens a perguntar:

Amigo Peter, qual é a tua opinião sobre o orçamento de estado e as medidas de austeridade do governo?

1ºLugar, digo 6 mensagens porque se disse-se, recebi algumas mensagens ou apenas mensagens podiam achar-me um tipo que tem a mania que é importante e não é o caso, então tratamos as coisas pelos números certos, foram 6 apenas 6.

2ºLugar, Epá eu ainda não disse nada e até tenho estado calado porque o tal Orçamento ainda é uma proposta e como tal á que falar das coisas quando elas forem uma certeza e não como até ao momento apenas se trata de um orçamento no papel ainda com muitas rectificações e talvez e espero eu que nem aprovado seja, venham os gajos do FMI tomar conta disto, já sabemos que santos da casa não fazem milagres.

Hoje de cima do meu andaime ouvi um velhote que dizia,”…precisamos de um novo 25 Abril, o povo tem que ir para a rua..” E digo eu mas quando é que o povo saiu para rua? Estou farto dessa gente do “Abril” que diz que fez a revolução e o caraças. Quem fez a revolução foram os generais e a tropa que estava farta de combater nas “Africas” entre outras coisas, depois o povo juntou-se atrás dos soldados e dos tanques e ficou a espera do que iria acontecer, o povo saiu para a rua? Sim, saiu atrás da tropa que ia na frente. E esqueçam lá o Abril amigos comunas, enquanto a austeridade não chegar a classe militar e se continuem a gastar milhões em submarinos e carros de combate, enquanto houver missões da nato a pagar bons ordenados aos oficiais e a evolução da carreira não for um exclusivo apenas da outra classe publica, não vamos ter Abril.

O povo vai continuar passivo e só vai, talvez, abrir a pestana quando levar a mão ao bolso e não tiver dinheiro para alimentar os filhos. Pois por enquanto os cafés de manha continuam com muita gente a tomar o pequeno-almoço, os restaurantes perto das grandes zonas de escritórios enchem na hora de almoço e fazem-se filas para ter lugar. O trânsito para entrar em Lisboa é sempre um caos, parece que todos os dias há mais carros e mais gente a deixar de andar de transportes públicos.

Crise, qual crise?