quarta-feira, 23 de março de 2011

Estado da Nação





E pronto um dia em cheio, um dia de percas. 1º Morre Elizabeth Taylor que nunca entendi bem como é que só morreu hoje, as vezes que a via na tv julgava que já estava morta a pelo menos 20 anos e que era conduzida pela forma de marionetes.

Mas grave, grave foi a morte de um país, hoje morreu Portugal. O Nosso 1º abandonou o barco e deixa isto entregue aos abutres da corja da classe política nacional. Deu gosto ver o discurso de Paços Coelho, todo ele se lambia de felicidade e a ver no horizonte o poleiro tão desejado. Agora basta-nos esperar pelo FMI, se acham que o Sócrates era mau, não viram nada.

Vi notícias sobre a Irlanda e fiquei aterrorizado como aquelas vidas mudaram com as medidas tomadas.

Não sou do tempo da velha senhora, mas é com saudosismo que recordo as palavras do Dr Oliveira que dizia que um país e um povo só é verdadeiramente livre se não dever dinheiro a ninguém, orgulhosamente sós. E foi assim que já fomos, tivemos uma divida e pagamos, não devia-mos nada a ninguém e os cofres estavam cheios, mais uma vez a sede pelo poder deitou tudo a perder e caímos no despesismo, viva a soares e viva cavaco, quanto a mim os grandes responsáveis por hoje sermos o que somos, viva também os comandantes de Abril.

Estou curioso para ver o que ai vem, não serão tempos fáceis e não revejo na geração a rasca a vontade ou capacidade de dar a volta a isto. È a geração dos homens da luta, dos copos e das noitadas, queixam-se da vida e do governo mas levantam-se ao meio-dia e recusam propostas de trabalho.

No fundo estamos como queremos, sem rumo e sem esperança a viver cada dia num país e num mundo cada vez mais fodido em que responsáveis fomos todos nós.

Pedro Nunes

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