
Hoje eram nove e piques quase 10 e lá estava eu para prestar o meu último adeus ao meu querido Avô.
Existem cenas mesmo lixadas, olhamos á nossa volta num velório e vemos que existem mesmo pessoas que sentem a perda e choram é de louvar essas pessoas. Eram quantas? 3 no máximo…
Caramba, não existia necessidade, a raça humana é de facto a coisa mais hipócrita que existe na face do planeta terra.
Porque se dão as pessoas ao trabalho de viajar kilometros, será que é para ter a certeza que a pessoa morreu ou será porque, ai se não for parece mal? E tal!


Resumindo sai dali, daquele meio hipócrita de gente mesquinha e sem interesse e fui para o sitio onde sabia que ele estava, na sua casa nas suas terras ao pé do seu cão. E enquanto uns assistiam ao mais deprimente que existe numa morte, que é ser enterrado num buraco e levar com terra em cima eu estava com ele na paz de um tempo cheio de nevoeiro com chuva miudinha que provoca aquele cheiro da terra molhada com o som da água que corria na ribeira. Falamos e assim nos despedi-mos com a certeza de um dia nos encontrar-mos.
Obrigado Avô
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